Como eu falei no post anterior decidi fazer essa trilha por ser a mais longa, mais bonita, mais difícil e principalmente por incluir o Campo Base do Monte Everest e Gokyo. Não tinha muita ideia do que essa escolha me traria mas fui, só fui.
Não consegui ninguém para me acompanhar antes de ir e até o portão de embarque estava sozinho. Mas não demorou muito até conseguir companheiros de viagem.
O vôo
O vôo de Kathmandu a Lukla reduz em alguns minutos um trekking de 6 dias. Pode parecer preguiçoso, mas eu recomendo fortemente o voo. Não só pelo atalho, mas também porque as paisagens foram as mais bonitas que já vi de um avião.
O preço dos vôos variam de acordo com a empresa aérea (150-180 USD o trecho), bastante salgados; têm, no entanto, a vantagem de serem 100% reembolsáveis e completamente flexíveis. Yeti e Sita são algumas das empresas que fazem esse trecho, eu voei com a Sita mas acho que não é a melhor. A data de retorno pode ser deixada em aberto porque há a possibilidade do trekking terminar antes ou depois do tempo previsto.
O aeroporto de Lukla é considerado um dos aeroportos mais perigosos do mundo. A altitude, o tamanho da pista (450m!) e as condições climáticas imprevisíveis da região conferem-no essa fama.
Isso pode fazer você querem pegar o Jeep ou Busão até Jiri e adicionar alguns dias na viagem só pra garantir, né?!
Se vocês forem procurar as estatísticas verão que toda essa fama não é baseada em fatos, é mais uma lenda urbana. Adicione a isso o fato de que as estradas do Nepal são as mais tenebrosas e perigosas por onde eu andei,logo o voo continua sendo a melhor opção.
Depois de um voo de 45 minutos com as primeiras vistas dos himalaias, chega-se a Lukla.
O pouso é extremamente divertido: olhando pela janela, não tem nada… nada … nada… POW a pista aparece e, devido à sua extensão curta, o avião desacelera muito rápido. É um pouso com (muita) emoção.
1° dia: Lukla (2.840 m) -Monjo(2.835 m).
(distância: 16km Tempo: 6 horas)
No primeiro dia de caminhada conheci as duas pessoas que me acompanhariam nos próximos 4 dias. Um canadense e um japa. O japa era apaixonado pela cultura e música brasileira. Gostava de Caetano, Chico Buarque, Marisa Monte, Chico César e praticamente toda minha lista brasileira no Spotify.
A caminhada nesse dia é um pouco longa mas não é difícil, a maior parte do tempo é descida ou “plano”. Provavelmente não há uma palavra em napalês que signifique plano; esse conceito é inexistente por lá. Sempre se etá subindo ou descendo. Almoçamos em Phakding, onde muita gente passa a primeira noite, mas resolvemos continuar.
Chegamos a Monjo já no final do dia porque nosso voo atrasou e começamos a caminhar às 11h da manhã e chegamos as 17h, já escuro.
O hotel custa em torno de 100 rupias (pouco menos de 1USD) por pessoa, mas é mandatório que se coma pelo menos 2 refeições durante a estadia. O menu é muito mais caro que em Kathmandu o que se justifica porque tudo chega lá de mula ou pelos carregadores.
Chega a ser 10 vezes mais caro nos lugares mais elevados. A noite faz um frio de lascar por isso é importante ter um bom saco de dormir, pelo menos para -10°C. Eu comprei meu saco de dormir em Kathmandu e era muito ruim. Mas os hotéis fornecem cobertores, então nem sofri com o frio.
2° dia:Monjo(2.835 m) – Namche Bazar (3.440m)
(distância: 5,2km Tempo: 3 horas 30 minutos)
Esse dia foi mais curto mas muito mais difícil que o primeiro. Ascendemos aproximadamente 600m praticamente só no último quilômetro. Namche Bazar é uma vila gigantesca em comparação as outras, praticamente uma cidade.
É recomendado que se ascenda no máximo 500m por dia e todas as vezes que houver um ganho de altitude próximo a isso, deve-se fazer um dia de aclimatação. É aconselhável também que caminhe até uma altitude maior do que a que se dorme.
Ficamos duas noites em Namche e, para não ficar parado conhecemos algumas vilas ao redor que também eram mais elevadas.
3° dia: Syanboche (3.720m)-Khunde (3.840m)- Khunjung (3.780m)
(Distância: 9km Tempo: 4 horas)
Seguindo as regras de aclimatação e fomos para essas vilas ao redor de Namche. A partir daí parece que começa o trekking de verdade. As montanhas parecem mais próximas e a altitude começa a pesar um pouco.
As três vilas são muito bonitinhas e é a primeira vez que aparece o Ama Dablam, que eu apelidei carinhosamente de Matterhorn dos Himalaias.
Em Khunde há um mosteiro que vale a pena conhecer e em Khunjung há supostamente o escalpe de um Yeti. Quem quiser pode pagar pra ver!
Nesse dia nos despedimos do Masa, porque ele tinha pouco tempo e seguiu em direção a Tengboche enquanto nós voltamos para Namche.
4° dia: Namche (3.440m)- Pangboche (4.000m)
(Distância: 13,6km Tempo: 4horas e 15 minutos)
Acordamos um pouco mais tarde do que o programado nesse dia e seguimos viagem em direção a Tengboche. A caminhada até Tengboche não é tão fácil assim porque tem uma descida longa e subida equivalente; mas eu e o Steve estávamos andando em um ritmo bom e conseguimos chegar antes do almoço em Tengboche.
Tengboche é famosa por seu mosteiro, bastante grande e com uma história interessante. Teve de ser reconstruído algumas vezes por causa de um incêndio e também pelo terremoto.
Também nesse mosteiro os monges fazem as mandalas de areia colorida. Impressionante como eles conseguem fazer os pequenos detalhes como olhos, sorrisos e vestimentas, tudo só com areia. Quando terminam, destroem a obra e iniciam tudo de novo. Um daqueles momentos da viagem que eu fiquei mais impressionado e grato por poder presenciar.
Depois do almoço seguimos até Pangboche, muita gente passa a noite em Tengboche e a maioria dos livros recomenda passar lá, mas estávamos com um pouco de pressa e decidimos continuar.
Chegamos já de noite e pegamos o último quarto, no último lodge que tinha lugar disponível. Não preciso nem dizer que foi o pior quarto em que ficamos. Quase morri de frio!
5° dia Pagnboche (4.000m) Dingboche (4.410)
(Distância: 6,2km Tempo: 1hora e 40 minutos)
Um dia curto que serve mais para aclimatação.
Tem uma montanha nessa vila chamada Nangkartshang (5.0173m). Quando chegamos na vila deixamos nossas mochilas no lodge e seguimos para esse pico.
Subimos uma parte e o Steve começou a sentir dor de cabeça e decidiu ficar por lá mesmo. Eu segui subindo e uma meia hora depois comecei a sentir falta de ar e a cabeça leve. Achei que seria prudente descer e também chegaram algumas nuvens então não tinha muito para ver. Assim que cheguei lá embaixo já me senti melhor.
6° Dia Dingboche (4.410m)- Chukung (4.710m)
(Distância: 4,4km Tempo: 1hora e 40 minutos)
Último dia em que eu e o Steve viajamos juntos. Ele tinha pouco tempo e estava indo direto para o Everest Base Camp. Foi o único dia que andei sozinho! Chukung é o ponto de partida para o primeiro passo: Kongma La.
Cheguei muito cedo em Chukung e para ajudar a aclimatar comecei a andar para alguns morros que cercavam a vila. Há uma trilha que leva até o acampamento base do Island Peak, uma das montanhas acima de 6 mil metros mais acessíveis do parque e a mais popular.
Não tinha pretensão de chegar até o acampamento base do Island Peak, mas segui andando e acabei chegando lá. Nesse dia foi o que eu mais senti os efeitos da altitude: dor de cabeça, falta de ar e pré-síncope. Os sintomas ficaram mais fortes quando eu estava quase chegando no acampamento e achei prudente continuar porque se precisasse de ajuda era mais fácil conseguir lá do que tentar voltar 7 km.
No final, deu tudo certo. Voltei vivo pra Chukung, mas estava um pouco apreensivo principalmente porque em 2 dias iria atravessar o primeiro passo. Estava com medo de não conseguir por causa da altitude.
7° Dia Chukung Ri (5.550m)
(Distância: 4,2km Tempo: 4horas e 30 minutos)
Tive uma das piores noites de sono nessa vila. Acordei várias vezes durante a noite com falta de ar e muito frio. Fui tomar água e tava tudo congelado!
A despeito da noite ruim precisava tentar aclimatar da melhor forma possível e o Chukkung Ri, um pico de 5.550m, é a melhor forma de fazer isso nesse ponto da viagem.
Uma trilha fácil e não muito longa. 5.550m é a maior altitude que se chega nessa trilha. Pela primeira vez tive uma visão tão ampla dos vales e picos que cercam a região. Quando eu estava no pico do Chukung Ri eu percebi como eu amo isso tudo! Tem muita beleza no mundo!
Subindo a trilha do Chukung Ri encontrei Ruby uma menina de Hong Kong e perguntei se eles iriam atravessar o Kongma La no dia seguinte e eles disseram que sim. Eu estava sozinho naquele ponto da viagem, mas não estava querendo atravessar o passo sozinho. Me disseram que era muito longo e que não tinha lugar para comprar água ou comida no meio do caminho.
Ela estava junto com um grupo de gente de todo lugar do mundo, principalmente África do Sul. Perguntei se eu poderia ir junto com eles no dia seguinte e ela disse que sim.
8° Dia KONGMA LA PASS:
Chukung (4.710)- Kongma La (5.535m)- Labuche (4.928m)
(Distância: 9,2km Tempo: 8horas)
Às 6:30 da manhã, encontrei me com eles e partimos para atravessar o primeiro e mais longo passo.
O grupo com que me adotou era bastante diverso. Um deles, Richard, estava em um ano sabático e queria fazer uma viagem pro Nepal. Criou um grupo no Facebook e convidou os amigos que potencialmente iriam. No final, 6 pessoas toparam e eles todos se encontraram em Kathmandu para viajar. Fato interessante é que eu estou escrevendo isso na sala da casa dele na Cidade do Cabo, África do Sul.
Não preciso nem dizer que nos demos muito bem.
Chegar até o passo (Kongma La) foi uma das partes mais difíceis da trilha até então. Tivemos que subir 700m de altitude em 4 horas com as mochilas nas costas.
Quando chegamos ao Kongma La eu percebi mais uma vez como eu gosto de trekking e como um passo de montanha oferece uma experiência única. De um lado do Vale Khumbu, onde fica a rota mais rápida e popular para chegar ao acampamento base do Monte Everest; do outro Chukung, Ama Dablan, Lothse e um lago de águas azuis. Segundo ponto alto da trilha, literalmente.
Do topo do passo, dava para ver a cidade onde passaríamos a noite: Lobuche. Crentes de que o pior já tinha passado e que agora era só descer e atravessar a geleira.
Já tinha sido avisado por outros viajantes e lido no guia que essa geleira era a pior de todas para atravessar, depois de um dia inteiro de caminhada pesada, você acha que já chegou mas tem que atravessar essa geleira. O livro define essa última etapa como um “sucker punch” ou um soco na boca do estômago. Não poderia definir da melhor maneira.
Julie, uma das sul africanas, e eu fomos os primeiros a chegar na geleira. Quando chegamos no topo da borda ela me olhou desacreditada. Eu falei para ela que até tinha antecipado o “soco na boca do estômago”, mas um sucker punch é um sucker punch. Mesmo que se antecipe, quando inevitável, dói!
Não só a geleira era composta por várias subidas íngremes seguidas de decidas igualmente íngremes, mas é um lugar monocromático, tudo é cinza: pedra, poeira, gelo, tudo! Isso faz com que o caminho seja difícil de encontrar e muito fácil de se perder.
Ela começou na frente, mas logo se perdeu e quando eu vi, eu estava na frente dela. Não conseguia vê-la em lugar nenhum, mas conseguia escutar ela gritando me procurando e eu gritando de volta.
Todas as vezes que eu chegava no topo de uma das colinas, querendo morrer, achava que era o último, mas nunca era. Depois de quase 2 horas caminhando, se perdendo e se achando de novo, finalmente chegamos do outro lado.
As montanhas trazem de presente as vistas de tirar o fôlego, mas ver aquela vila depois de um dia inteiro de caminhada foi a imagem mais bonita do dia! Comecei a gritar feito um louco pra Julie seguir minha voz e saber que finalmente tínhamos chegado.
Os outros ficaram bastante pra trás. Como nós, eles se perderam e depois se acharam e se perderam novamente e por fim todos se acharam.
Nessa noite, depois de jantarmos as 18:00, todos foram pra cama as 19:30. Ninguém conseguia ficar de olhos abertos depois desse dia. Foi o dia mais difícil de toda a trilha.
9° Dia Lobuche (4.928m)- Gorak Shep (5.164m) + EBC+ Kala Patar
Esse é o grande dia!
Partimos de Lobuche cedo e chegamos a Gorak Shep 1h e 15 min depois. Para muita gente é assim que termina o dia. Mas eu estava querendo ir ao Everest Base Camp e não estava querendo fazer como os outros que acordariam no dia seguinte às 4:30 da manhã para ver o pôr do sol do Kala Patar.(Percebam que é QUARTO E MEIA DA MANHÃ,num frio de MENOS VINTE GRAUS)
Todo mundo ficou falando que eu era muito corajoso por fazer os dois no mesmo dia, mas se vocês acham que eu ia acordar 4:30 da manhã, num frio de -20°C vocês tão bem “loko”. Não sou tão corajoso assim.
Cheguei ao EBC e (surpresa!) não dá pra ver o Everest e não tinha nenhuma barraca lá. Não é o lugar mais bonito, mas vale a pena chegar até lá só pra saber como é que o pessoal começa a trilha para chegar ao pico mais alto do mundo.
Voltei para Gorak Shep e segui pro Kala Patar, uma montanha de 5.550m de onde se tem uma das melhores imagens do Everest. Uma trilha bastante íngreme, mas relativamente fácil.
No por do sol, quando os raios de sol batem na face sul do Everest quando nenhuma outra montanha recebe os raios, labos secos, garganta seca, pele seca e olhos que insistiam em ficar molhados.
No caminho de volta, o céu mais estrelado que eu já vi!
10° Gorak Shep (5.164m)- Dzongla (4.830m)
(Distância: 6.3km)
Dia relativamente fácil e curto.
Em Dzongla ficamos no melhor lodge de toda a viagem. Camas confortáveis e sala comum bem aconchegante. A partir daqui incorporamos mais dois alemães no nosso grupo.
O grupo de sul africanos acabou ficando para trás porque 2 deles estavam sentindo a “altitude sickness” e precisaram ser evacuados de helicóptero.
11° CHO LA PASS:
Dzongla(4.830m)- Cho La (5.420m)- Gokyo (4.800m)
(Distância: 12km)
Segundo passo de montanha. Esse passo é bastante diferente porque tivemos que atravessar uma geleira que, diferentemente das outras tinha neve. Quase todo mundo usou “crampons” aqueles grampos para colocar no pé pra não escorregar no gelo. Eu não usei…..
Porque eu não tinha.
Depois de mais uma geleira parecida com a primeira e finalmente chegamos no meu lugar favorito de todos: GOKYO!
12° Gokio Ri (5.369m)
(Distância: 3,6km)
Gokyo é sem dúvidas o lugar mais bonito de toda a trilha dos três passos. Cercado por montanhas, esse pequeno vilarejo se torna mais espcial que os outros devido ao seus lagos.
São seis lagos de água azul turquesa que tornam a paisagem, no mínimo, surreal.
Gokyo Ri é a montanha onde todos sobem para tem uma visão melhor do vale e principalmente dos lagos. Não só pode-se ter uma boa panorâmica do vale e dos lagos, mas a que é na minha opinião a melhor imagem do Everest.
Uma subida bastante íngreme que demanda bastante esforço físico. No lodge em que ficamos há uma lista dos homens que conseguiram completar a subida em menos de 1 hora. Eu não consegui. Subi em 1 hora e 3 minutos. Vou ter que voltar pra tentar de novo!
13° Lagos de Gokyo
Como eu não consigo ficar parado, convenci os alemães a ir para os outros lagos. A vila fica no terceiro lago e queríamos caminhar até o quinto. Chegamos lá e eu queria entrar na água. Estava muito, mas muito frio; mesmo assim, estava com essa ideia fixa. Um dos alemães quis entrar comigo.
Quando entramos na água, parecia que todo meu ar saiu do meu peito e eu não sentia nada do meu corpo. Rolou um medinho, mas assim que saí da água me senti mais quente e vivo do que nunca.
O resto do grupo ficou em Gokyo na padaria comendo cheesecake o dia inteiro. A propósito esse lugar tinha o melhor cheesecake de todo o Nepal!
14° RENJO LA PASS:
Gokyo (4.800m)- Renjo La (5.350m)- Marulung (4.200m)
(Distância: 13km)
Depois de três noites em Gokyo, chegou a hora de atravessar o último passo. A subida até o passo não era muito difícil, mas a descida foi infinita!
Em Marulung ficamos na casa de um Sherpa que subiu 10 vezes o monte Everest e conseguiu abrir o lodge onde ficamos.
O que me chamou a atenção foi que na sala comum do lodge tinha um trabalho de escola, esses de cartulina, de um dos filhos dele. Era sobre seu pai. Uma colagem das fotos de todas as vezes que seu pai subiu o Everest.
Achei muito engraçado e fiquei imaginando as crianças na escola.
“Quantas vezes seu pai subiu o Everest?”
“10… e o seu?”
“Só 5… =/”
15° Marulung (4.200m)- Namche(3.440m)
(Distância: 16km)
Na reta final, passamos por uma região que foi bastante modificada pelo terremoto em 2015. E novamente descemos a linha das árvores e tudo começou a ficar mais verde. A aventura estava quase no fim.
16° Dia Namche
Dia de folga, tomando café e comendo bolo fazendo ABSOLUTAMENTE NADA!
E o detalhe mais importante MEU PRIMEIRO BANHO DA TRILHA. Mais um recorde na minha vida, 15 dias sem tomar banho!
17° Dia Namche(3.440m)-Lukla(2.850m)
(Distância: 17km)
Na última parte da viagem todos pareciam em êxtase. Descemos até Lukla quase correndo e sem muitos problemas.
Dava pra sentir no ar a alegria de todo mundo por ter conseguido terminar as trilhas e voltar até Lukla. Sensação de conquista, missão cumprida… todo mundo com um sorriso de orelha a orelha!
18° Dia Voo Lukla – Kathmandu
No mesmo clima, todos extasiados, voltamos a Kathmandu e aquela despedida dos Himalaias de pertinho no avião.
Sem dúvidas essa foi a viagem da minha vida, por enquanto. Espero sinceramente que todos vocês possam sentir um pouco da felicidade e paz que eu senti nesses dias.