TB: Yangon

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Como eu tinha falado, resolvi ir passando por todos os países que faltam entre um post novo e outro. Sempre que rolar esse “TB” significa que já não estou mais lá!

Yangon

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A maior cidade de Mianmar, com aproximadamente 6 milhões de habitantes, capital do país até 2006 é lugar mais bem desenvolvido por lá. Os livros que vocês lerem sobre a história de Mianmar, quer sejam romances ou outros livros, geralmente tem como início essa cidade.

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Conhecida antigamente como Rangoon,  foi sitiada durante a segunda guerra Anglo-Burmese e palco de alguns bombardeios durante a segunda guerra mundial, ainda assim mantém a beleza de uma cidade com a maior quantidade de prédios coloniais no sudeste asiático. Os prédios coloniais lentamente dão espaço a  prédios modernos, altos e até um projeto audacioso de um grande aquário no centro da cidade.

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Sem dúvidas muito mais cosmopolita do que todos os lugares que tinha visitado até então no sudeste asiático. Sua população, além do povo da birmânia, é composta também por gente da Índia, Bangladeshi e Paquistão. Não é preciso nem dizer que além das pagodas douradas e templos budistas, mesquitas estão espalhadas por toda cidade, obviamente em menor quantidade.

Aula de inglês

Na primeira manhã nessa cidade, conheci um israelense e resolvemos sair pela cidade conhecendo seus principais pontos turísticos. Quando estávamos no monumento da independência que é bem parecido com um obelisco, eu estava lendo um guia sobre a cidade quando ele voltou falando que uns 4 meninos de aproximadamente 16 anos tinham nos convidado para ir pra uma aula de conversação em inglês. Achei meio estranho na hora, mas não estava fazendo nada demais mesmo, então, por que não?

Seguimos eles por umas ruelas e subimos até o quarto andar de um prédio. Chegando lá havia uma sala de aula com vários pequenos grupos de alunos. Escolhi um dos grupos e começamos a conversar. As perguntas eram bastante simples e principalmente sobre o Brasil, nossa cultura, paisagens, cidades e tudo mais. Todos eram muito curiosos.

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O que me fez pensar muito, foi quando um dos alunos me perguntou se eu já tinha visitado algum outro país da América do Sul  e eu respondi que sim. Respondi que um deles era Venezuela e um aluno prontamente complementou “Ah.. I know, Mount Roraima and Angel falls… the biggest waterfall in the world.”

Eu fiquei extremamente surpreso e de certa forma incomodado. Fiquei surpreso como um daqueles meninos, nesse país que eu mal tinha ouvido falar sabia detalhes sobre a Venezuela que eu só descobri porque eu fui pra lá. Essa minha reação me incomodou muito. Porque ela queria dizer que eu considerava todos eles com um nível de educação muito inferior ao meu e que era inadmissível que eles soubessem tanto assim de um país tão distante, enquanto eu tive que explicar pra vários amigos onde ficava Mianmar.

Nós brasileiros reclamamos o tempo todo que os gringos consideram a gente ignorante, mas é só encontrar um país um pouco mais pobre que pensamos a mesma coisa.

Foi a primeira de várias vezes que eu tive que parar e reconsiderar alguns preconceitos que tinha sobre esse povo. Um povo que sofreu anos com a ocupação inglesa e que até recentemente estava debaixo de uma forte ditadura militar mas que possui uma cultura incrível e dono das maior quantidade de recursos minerais e outros recursos naturais do sudeste asiático. Além de ser muito bem educado e inteligente.

Shwedagon Pagoda

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Vista de praticamente todos os lados de Yango, é mais sagrado para os budistas de todo Mianmar e talvez do mundo, diz-se que possui relíquias de 4 budas e 8 fios de cabelo de Siddharta, O buda.

A estupa principal é composta por uma base de mármore e o restante de concreto coberto com lâminas de ouro. Em seu topo há outras dezenas de pedras preciosas e diamantes.

Sobreviveu à ocupação dos ingleses, alguns bombardeios e terremotos.

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Mantém-se imponente e impossível passar despercebida aos visitantes e moradores da cidade.

Alguns fatos curiosos sobre esse local são dignos de nota.

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No século XV a rainha Shisawbu doou uma quantidade equivalente ao seu peso (40kg!) para que fosse transformado em lâminas de ouro e usadas para cobrir a estupa principal.

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Ao redor da estupa, há 8 postos planetários representando os dias da semanas e  4 representando as fases da lua. No zodíaco birmânico, mais importa o dia da semana que nasceu do que o mês ou o ano como no horóscopo chinês.

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São 8 animais dispostos nos 8 pontos cardeais  e colaterais; em cada um desse um buda. Os devotos vem para esse lugar e ficam dando banho nos budas dispostos em seu respectivo ponto cardeal ou colateral.

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Não… as semanas em Mianmar não tem 8 dias. Essa diferença se dá porque a quarta-feira, representada pelo elefante, é dividida em quarta-feira de manhã (elefante macho com marfim) e quarta-feira a tarde (elefante fêmea sem marfim).

As demais fotos são de alguns parques e pontos turísticos menores da cidade.

 

 

 

 

 

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